No início do processo infeccioso a bactéria causadora da doença penetra pela pele e mucosas e chega até o sangue. A evolução da doença depende da vulnerabilidade do hospedeiro. Em alguns casos ocorre a hemólise intravascular, anemia, icterícia e hemoglobinúria. No útero da égua prenha pode causar aborto e os fetos abortados assim como as secreções uterinas também são fonte de contaminação para outros animais.
A fase aguda da doença termina com o surgimento de anticorpos específicos e fagocitose das leptospiras da circulação, que passam a se alojar nos túbulos renais. Neste novo local a bactéria é eliminada pela urina de forma assintomática, contaminando o meio ambiente e infectando outros animais.
Sintomas: o prejuízo pode ser grande ao se referir a parte de reprodução. A maioria das infecções não aparecem. O que se observa é uma oftalmia periódica após ter passado a fase febril. Porém há descrições de casos de leptospirose com sintomas hepatonefríticos e cardiovasculares
Diagnostico:
- Diagnóstico direto (pesquisa das leptospiras): é feito o exame histopatológico de fragmentos de órgãos corados e a microscopia de extensões obtidas a partir de sangue, urina, sêmen ou conteúdo estomacal de fetos abortados. Pode ser feito também o isolamento em meios de cultivo e o isolamento por inoculação experimental em animais de laboratório (hamster, cobaia jovem).
- Diagnóstico indireto (sorologia): prova de soroaglutinação microscópica – a reação de microaglutinação com antígenos vivos é a prova sorológica de escolha para a confirmação do diagnóstico de leptospirose. Enviar ao laboratório ao menos 1 mL de soro não hemolisado, de colheita recente, refrigerado ou congelado. O ideal é enviar ao menos 2 amostras, com intervalo de 2 a 4 semanas.
Tratamento: Após a confirmação, o tratamento pode ser realizado com antibióticos, destacando-se a estreptomicina, penicilina e tetraciclina. Exames frequentes são eficazes na prevenção e no diagnostico precoce. É importante também realizar controle dos animais que ingressam na propriedade e drenagem ou isolamento de áreas alagadiças que podem conter o agente infeccioso.
Prevenção: a prevenção deve ser feita frisando o controle de roedores, o isolamento, o diagnóstico e o tratamento de animais doentes. A vacinação também é importante e no mercado já existem diversos tipos de vacina contra a leptospirose.
Fonte: Microbiologia veterinária e doenças infecciosas - P. J. Quinn,B. K. Markey,M. E. Carter,W. J. Donnelly,F. C. Leonard; LEPTOSPIROSE EM EQUINOS: COMO COMBATER ESTA IMPORTANTE CAUSA DE PERDAS NO AGRONEGÓCIO, Ouro Fino Saúde Animal, Raquel Albernaz; Doenças parasitárias- Prof. Argemiro Sanavria.
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