Habronemose Cutânea
Esta é a forma mais comum em equinos. É iniciada por uma lesão previamente existente no animal, geralmente presentes nos membros (onde é mais comum ocorrer acidentes), sendo posteriormente contaminados pela larva da moscas infestadas por H. muscae. Haverá problemas de cicatrização da lesão em conseqüência do desenvolvimento dessas larvas no ferimento, criando um tecido de granulação cutânea e uma secreção pruriginosa.
O diagnóstico é feito facilmente, através da identificação das larvas encontradas em lesões, através de raspado de pele ou biópsia da lesão.O tratamento cirúrgico é recomendado em casos de feridas que não cicatrizam e nódulos calcificados que causem transtornos estéticos. O uso de medicamentos também é realizado.
Habronemose Conjuntival
Caracteriza-se pelo aparecimento de uma ferida elevada e proliferativa, em regiões que sempre estão úmidas, como a orbital, geralmente no canto médio do olho. Quando as moscas pousam na região ocular, acabam por deixar as larvas da H. muscae, gerando lesões nessa região. O diagnóstico da habronemose conjuntival é feita através da presença de larvas na conjuntiva e durante a necropsia.
O tratamento é feito através de uma limpeza do olho do animal com solução salina estéril. Para que haja uma diminuição da inflamação e também ação antibacteriana, utiliza-se uma pomada oftálmica com antibiótico e corticóide.
Habronemose Pulmonar
O pulmão pode ser atingido pelas larvas aberrantes ou erráticas. As larvas depositadas próximo ao nariz migram para os pulmões, gerando granulomas parasitários próximos aos bronquíolos, induzindo uma peribronquite nodular. Raramente, durante a migração larval pode ser detectado leves sinais de bronquite. Os nódulos podem ficar cobertos por um material caseoso; em potros, abscessos associados ao Rhodoccocus equi podem agravar o quadro. Na maioria dos casos, esta forma de habronemose é assintomática.
O diagnóstico é feito apenas através da necropsia.
Habronemose Gástrica
Não é facilmente detectada. Esta forma ocorre quando os animais ingerem a larva do parasita causador da habronemose,que são deixadas pelas moscas próximo à região da boca do animal ou nos alimentos. Quando chegam ao estômago, essas larvas instalam-se e se desenvolvendo até a fase adulta, quando liberam seus ovos no ambiente junto com as fezes dos animais parasitados. As fezes irão atrair algumas espécies de moscas que serão hospedeiras intermediárias do parasita causador da habronemose. Os sinais clínicos mais característicos desta forma são redução de peso, queda de pêlo, diminuição do rendimento físico, úlceras gástricas, cólicas sucessivas, e quando não for devidamente tratada, pode levar o animal à óbito.
O controle desta afecção pode ser feito através da remoção das fezes, cama suja e lixo dos estábulos e das residências; higienização e desinfecção completa do ambiente em que o animal vive.
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