terça-feira, 10 de novembro de 2015

Carbúnculo Hemático

 O carbúnculo hemático ou Antraz é uma enfermidade infectocontagiosa, cosmopolita e altamente fatal que atinge mamíferos domésticos e selvagens, o homem e em circunstâncias especiais também as aves. É uma doença contagiosa que pode afetar varias espécies, geralmente é mortal. Entretanto os equinos são atingidos em menor número comparado aos bovinos. 

Causas: É produzida pelo Bacillus anthracis e, este micróbio encontra-se, principalmente, onde já ocorreu a doença, pois seus esporos permanecem no solo por vários anos. Geralmente estes esporos provêm de animais infectados que morreram e foram enterrados no campo sem o devido cuidado e trazidos à superfície pelas minhocas. As fezes e sangue dos animais que estiverem na pastagem são infectados. É comum em animais mantidos em regime de pasto, porém, pode surgir em estábulos por feno contaminado adquirido em áreas onde ela ocorre. Os esporos podem aparecer em qualquer lugar, porem existem áreas que são mais propícias. Em terrenos pantanosos e em áreas com muita matéria orgânica em decomposição, os esporos podem viver por tempo prolongado, durante anos. Os bacilos, porém, são pouco resistentes ao calor e à dessecação. Infelizmente o esporo é o elemento responsável pela maioria das infecções.

SINTOMAS - Nos equídeos, a enfermidade em geral apresenta forma relativamente benigna, com os seguintes sintomas: cólicas fortes; edema do peito, pescoço e da região faringiana. Também podem ocorrer: depressão, febre alta, dispneia, edemas subcutâneos no tórax e no pescoço, cólicas, faringite e hemorragia nasal. A morte, quando ocorre, as vezes é tão rápida que não se percebem os sintomas nos animais a campo. Nos casos fulminantes, a morte pode ocorrer em 24 e 48 horas e, nesses casos, observam-se os edemas (tumefações), diarreiasanguinolentas, cor de chocolate, e os animais se deitam com convulsões e dificuldade respiratória. Os cadáveres incham rapidamente e então observam hemorragias pelas aberturas naturais. O sangue é escuro e de difícil coagulação. Só estes sinais identificam a doença.
A necropsia é perigoso, sendo preferível, em caso de se pretender um diagnóstico de laboratório, enviar um esfregaço de sangue ou um osso de canela, muito bem protegido. O cadáver deve ser incinerado ou enterrado  no mesmo local, aplicando na sepultura uma boa quantidade de cal. Em propriedades onde tenha ocorrido casos de carbúnculo ou na vizinhança, os animais dever ser vacinados no mês de agosto , pois geralmente o carbúnculo aparece em outubro e a imunização requer de 20 a 30 dias.

Medidas recomendadas:
  1. Notificação de qualquer caso às autoridades sanitárias mais próximas
  2. Cremação perfeita do cadáver no próprio lugar da morte;
  3. Isolamento dos pastos contaminados;
  4. Desinfecção energética ou queima dos objetos e utensílios contaminados;
  5. Tratamento dos animais doentes com doses adequadas de soro anticarbunculoso;
  6. Vacinação sistemática de todos os animais sãos na região exposta à doença;
  7. Drenagem e saneamento das áreas pantanosas.

Tratamento: quando há tempo, o soro anticarbunculosos produz bons resultados. Em caso de suspeita consultar um profissional. 

(Recomendamos que em caso de suspeita de qualquer tipo de doença um veterinário seja consultado para melhor tratamento do seu animal.)

Fonte: 
CARBÚNCULO HEMÁTICO (ANTRAZ): UMA ZOONOSE IMPORTANTE NO RIO GRANDE DO SUL, ANTHRAX: A IMPORTANT ZOONOSIS IN RIO GRANDE DO SUL. Tassinari dos Santos, Hélvio. Disponivel em: <http://www.webrural.com.br/webrural/artigos/pecuariacorte/sanidade/carbunculoh.htm>. 

Papilomatose em Equinos




   A Papilomatose equina é um dos neoplasmas cutâneos mais comuns nos equinos, com comportamento benigno e induzido por vírus, denominados papilomavírus, e de acordo com as espécies infectantes pode se diferenciar em papilomatose cutânea, papilomatose genital ou sarcóide
Os meses de maior manejo ou de aglomeração dos animais são favoráveis para a disseminação pelo contato mais próximo entre os animais.

Forma de transmissão:
– Por contato direto entre um animal contaminado e um susceptível;
– Por contato com materiais contaminados, como instalações (bretes, mangueiras, etc) e instrumentos.

Diagnóstico:
– Clínico: pela visualização das verrugas.

Tratamento:
– Remoção cirúrgica ou cauterização das verrugas;
– Utilização de produtos comerciais específicos;
– Utilização da vacina autógena;
– A vacina produzida somente é eficaz para os animais da propriedade onde os papilomas foram coletados.

Medidas de Controle:
– Não permitir a entrada de animais com papilomas na propriedade;
– Separação e tratamento dos animais doentes. Para minimizar os riscos de transmissão, o manejo destes animais deve ser realizado após o manejo dos animais sadios.
https://setordevirologiaufsm.wordpress.com/doencas/papilomatose/

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Síndrome de Cushing

A Síndrome de Cushing é uma doença comum que ataca o sistema endócrino do animal. É uma condição incurável, mas pode ser administrada na maioria das situações com medicação apropriada. O resultado de um problema que afeta a glândula pituitária, a Síndrome de Cushing faz com que a glândula pituitária produza uma quantidade excessiva de um hormônio conhecido como cortisol. Este hormônio regula um número de funções no animal, e sua super-produção pode trazer sintomas, como um pelo ondulado espesso, sede, apetite incomum, perda de peso, mesmo o cavalo comendo bem, e micção frequente. A Síndrome de Cushing ocorre na maioria das vezes em cavalos mais velhos, porém, visto que muitos dos sintomas da doença são atribuídos à idade, o diagnóstico não é frequentemente feito até que o cavalo tenha sofrido da síndrome por algum tempo.

Sinais clínicos:
Equinos de qualquer raça e tipo podem ser afetados, mas os pôneis e cavalos da raça Morgan tem um risco maior de apresentarem a doença. A idade média dos animais afetados é de 18 a 23 anos, embora haja relato da doença em fêmeas com menos de 7 anos.
O sinal clínico clássico de cavalos com a síndrome é o hirsutismo, cobertura de pelos longos e crespos que inicialmente se restringe ao pescoço, base da cola e aspecto palmar e plantar dos membros.
Perda de peso e letargia, ou queda de performance também são sinais observados. Além disso, há uma perda de massa muscular promovida pelo aumento do catabolismo protéico em resposta ao aumento do cortisol. Apesar da perca de peso, o apetite continua normal ou aumenta. Ocorre deposição de gordura ao redor do pescoço.

Diagnóstico:

É um desafio significativo. O teste inicial deve incluir hemograma completo, perfil bioquímico  sérico e urinálise. Os mais achados são: anemia moderada, neutrofilia relativa ou absoluta. Além de estarem em número aumentado, os neutrófilos de animais afetados aparecem hiper segmentados, o que reflete sua maturidade devido ao aumento da meia-vida circulante como consequência do excesso de cortisol que limita sua diapedese.

Tratamento:
Equinos com tumores hipofisarios   são difíceis não só de diagnosticar como de tratar. Os sinais clínicos variam e, como a condição é observada primariamente em equinos mais velhos, é importante tratar as intercorrências da doença. O manejo de cavalos com a síndrome é uma parte importante no tratamento desses animais.




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Vírus do Nilo Ocidental

O Vírus do Nilo Ocidental ocorre quando um mosquito pica um pássaro infectado e depois transmite para um cavalo através da picada. É um tipo de doença viral, resulta em encefalite, juntamente com possível meningite, que é um inchaço do revestimento da espinha dorsal e do cérebro. Tremura nos músculos, má coordenação e letargia são sinais desta doença. Cavalos podem ser vacinados contra o vírus do Nilo Ocidental, ao contrário dos humanos, que também são vulneráveis a esta doença.


Sintomas
Os Sintomas podem aparecer nos primeiros 3-15 dias após infecção

• Febre e sintomas de gripe
• Perda de apetite
• Depressão ou letargia
• Dificuldade em deglutir
• Dificuldade na visão
• Cabeça inclinada
• Descoordenação dos membros

Tratamento
Após o contato com o vírus, os equinos produzem anticorpos específicos contra o vírus do Nilo Ocidental, nesse período pode exibir sintomas ligeiros.Cuidados clínicos mais intensivos são necessários caso o cavalo apresente sintomas neurológicos graves. Ambiente calmo e seguro, com proteção são indicados para os cavalos infectados, a fim de evitar algum traumatismo. Os animais incapazes de se levantar, devem se colocados num apoio especial que garante que permaneçam de pé.

Prevenção
A vacinação e limitação da exposição dos cavalos ao mosquito são duas medidas muito importantes para a prevenção.

Fonte: Febre do Nilo Ocidental;Disponivel em <https://www.zoetis.com.pt/node/4714>

sábado, 7 de novembro de 2015

Rodococose Equina

A Rodococose é uma doença infecto-contagiosa, que apresenta como agente etiológico a bactéria Rodococcus equi , este microrganismo é um cocobacilo capsulado intracelular facultativo de macrófagos e são bastante oportunistas, afetando comumente os equinos, especialmente os potros de 4 a 6 meses de idade.

 O quadro clínico da Rodococose inclui febre, tosse com ou sem rinorréia, presença de ruídos na ausculta pulmonar e diarréia, quando há comprometimento entérico. Também podem estar presentes artrite, osteomielite, abscessos subcutâneos, renal, hepático, cerebral e reticuloperitoneal; além de bacteremia e meningite.

 Para o tratamento suporte, recomenda-se oxigenoterapia, antitérmicos, inalação com expectorantes ou mucolíticos e broncodilatadores, complexos vitamínicos e fluidoterapia intravenosa. E em muitos casos é necessária a realização de um tratamento prolongado, por 7 a 10 dias.

 O controle é feito evitando-se a aglomeração de éguas e potros, em associação com a realização sistemática de higiene dos potreiros, injeções de penicilina de longa ação nos potros na primeira semana de vida, e redução das infestações por endoparasitos.

 O curso da doença pode ser agudo, levando rapidamente à morte, devido à grave pneumonia.

Fontes:Rodococose Equina
http://www.infoescola.com/medicina-veterinaria/rodococose-equina/
A rodococose uma importante doença infecto–contagiosa
http://www.santelaboratorio.com.br/a-rodococose-uma-importante-doenca-infecto-contagiosa/
Rodococose- Rhodococcus Equi
http://www.scribd.com/doc/151586752/Rodococose-Rhodococcus-Equi#scribd



Pulmoeira Equina

  Dentre as várias doenças que podem acometer os equinos temos a pulmoeira, uma doença comum que é provocada por alergia ao pó ou esporos de fungos. Quando o animal é acometido pela pulmoeira apresentará os seguintes sinais característicos: tosse; corrimento nasal, principalmente depois do trabalho; aumento do ritmo respiratório, com respiração mais precipitada. 
    

  A pulmoeira é uma doença permanente, ou seja, não a cura para a moléstia, porém os sintomas podem ser tratados com alguns procedimentos básicos, como molhar o feno, oferecer erva semi-seca e embalada em vácuo, mudar a cama para aparas de madeira ou papel e manter o cavalo ao ar livre o máximo tempo possível.

  Os sintomas apresentados pelos animais positivos são muito parecidos com outras moléstias, por isso, quando observado qualquer distúrbio na saúde do animal o médico veterinário deve ser consultado, e assim o cavalo será diagnosticado e medicado corretamente, evitando prejuízos à saúde do animal e lucratividade da propriedade.

Fontes:Doença equina:pulmoeira  
http://www.revistaveterinaria.com.br/2015/05/25/doena-equina-pulmoeira/
Pulmoeira equina
http://w www.mundodosanimais.pt
Pulmoeira equina
ww.ruralsoft.com.br/manejo/manejoExibe.asp?id=677#.VkEXmnvTQ7A


quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Botulismo em Equinos

  O Botulismo é uma doença neurológica potencialmente fatal causada por toxinas produzidas por uma bactéria produtora de esporos chamada Clostridium botulinum.
  A doença ocorre principalmente quando os cavalos ingerem forragem contaminada com toxinas. Os alimentos mais susceptiveis ao crescimento do Clostridio e respectiva produção de toxinas são o feno e a silagem. Muitas vezes os alimentos contaminados não apresentam cheiro nem aspecto alterado pelo que é difícil detectar a contaminação. A contaminação dos alimentos pode ocorrer seu processamento ou durante o armazenamento. Tambem pode ocorrer intoxicação ao comer esporos presentes no solo (pastagem). A contaminação de feridas com esporos do Clostridium botulinum tambem pode resultar na absorção das respectivas toxinas e causar doença.

Após ingestão ou contato com uma ferida a toxina entra no sangue do cavalo, circula por todo o organismo e fixa-se nas células nervosas motoras bloqueando a transmissão de impulsos dos nervos para os músculos resultando num estado de fraqueza muscular e paralisia.

Sinais Clínicos: Normalmente nota-se: aumento de salivação devido à dificuldade em engolir saliva; deixar cair os alimentos da boca pela mesma razão; falta de apetite; alterações nos andamentos; tremores musculares; postura de decúbito frequente; língua flácida e fora da boca. Devido à paralisia do trato intestinal, os cavalos tambem podem mostrar sintomas de cólica.



Botulismo em Cavalos


Diagnóstico: pode ser um desafio descobrir o diagnostico da doenca. Fazer uma análise às fezes ou aos alimentos que o cavalo ingeriu é um teste com mais probabilidades de dar resultados fiáveis. No entanto, muitas vezes o diagnóstico é obtido por exclusão de outras doenças compatíveis com os mesmos sinais clínicos.

Tratamento: O Botulismo geralmente culmina com a morte do cavalo. O tratamento consiste em cuidados de manutenção intensivos pelo que na maior parte dos casos é recomendada a hospitalização dos animais afectados. Deve ser estimulada a ingestão de alimentos. Nos casos em que isto não é possível os cavalos têm de ser alimentados através de entubação naso-gástrica. Por vezes tambem é necessário evacuar manualmente o recto e a bexiga urinária. Se o cavalo não se aguenta em pé, pode ser necessário mantê-lo suspenso com cintas de modo a evitar os problemas associados ao decúbito prolongado nos equinos. A administração de soro antitoxina é parte integrante do tratamento do botulismo.

 Quando os cavalos recuperam da doença, não tendem a ficar com qualquer tipo de sequela e podem voltar a ter uma vida completamente normal.



 



Fontes:
BOTULISMO EM CAVALOS
http://www.equisport.pt/pt/artigos/maneio-tecnica/botulismo-em-cavalos
Botulismo
http://altissimomedvet.blogspot.com.br/2009/09/botulismo.html
Botulismo
http://agropet-rn.blogspot.com.br/2010/01/botulismo.html