A doença ocorre principalmente quando os cavalos ingerem forragem contaminada com toxinas. Os alimentos mais susceptiveis ao crescimento do Clostridio e respectiva produção de toxinas são o feno e a silagem. Muitas vezes os alimentos contaminados não apresentam cheiro nem aspecto alterado pelo que é difícil detectar a contaminação. A contaminação dos alimentos pode ocorrer seu processamento ou durante o armazenamento. Tambem pode ocorrer intoxicação ao comer esporos presentes no solo (pastagem). A contaminação de feridas com esporos do Clostridium botulinum tambem pode resultar na absorção das respectivas toxinas e causar doença.
Após ingestão ou contato com uma ferida a toxina entra no sangue do cavalo, circula por todo o organismo e fixa-se nas células nervosas motoras bloqueando a transmissão de impulsos dos nervos para os músculos resultando num estado de fraqueza muscular e paralisia.
Sinais Clínicos: Normalmente nota-se: aumento de salivação devido à dificuldade em engolir saliva; deixar cair os alimentos da boca pela mesma razão; falta de apetite; alterações nos andamentos; tremores musculares; postura de decúbito frequente; língua flácida e fora da boca. Devido à paralisia do trato intestinal, os cavalos tambem podem mostrar sintomas de cólica.
Diagnóstico: pode ser um desafio descobrir o diagnostico da doenca. Fazer uma análise às fezes ou aos alimentos que o cavalo ingeriu é um teste com mais probabilidades de dar resultados fiáveis. No entanto, muitas vezes o diagnóstico é obtido por exclusão de outras doenças compatíveis com os mesmos sinais clínicos.
Tratamento: O Botulismo geralmente culmina com a morte do cavalo. O tratamento consiste em cuidados de manutenção intensivos pelo que na maior parte dos casos é recomendada a hospitalização dos animais afectados. Deve ser estimulada a ingestão de alimentos. Nos casos em que isto não é possível os cavalos têm de ser alimentados através de entubação naso-gástrica. Por vezes tambem é necessário evacuar manualmente o recto e a bexiga urinária. Se o cavalo não se aguenta em pé, pode ser necessário mantê-lo suspenso com cintas de modo a evitar os problemas associados ao decúbito prolongado nos equinos. A administração de soro antitoxina é parte integrante do tratamento do botulismo.
Quando os cavalos recuperam da doença, não tendem a ficar com qualquer tipo de sequela e podem voltar a ter uma vida completamente normal.
Fontes:
BOTULISMO EM CAVALOS
http://www.equisport.pt/pt/artigos/maneio-tecnica/botulismo-em-cavalos
Botulismo
http://altissimomedvet.blogspot.com.br/2009/09/botulismo.html
Botulismo
http://agropet-rn.blogspot.com.br/2010/01/botulismo.html